sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Dança Cigana Fatima Bessa 2021

 

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Zambra por por Brigitte Angel (17/01/2017)

 Zambra é o nome do equivocadamente chamado “flamenco árabe”, dançado pelos ciganos de Granada, Espanha. É uma dança muito antiga, e sua origem vem da palavra árabe “zamr”, que significa “noite” ou da palavra “zamra”, instrumento musical árabe de sopro.

Os árabes conquistaram grande parte da Espanha em 711, e ali permaneceram por cerca de oito séculos. Esta região ficou conhecida como Al-Andalus, e era uma província do império muçulmano. Somente em 1492 os reis católicos reconquistaram a região e se deu início à obrigatoriedade da conversão ao cristianismo, ou à expulsão daqueles que resistissem.

Nessa época, a Zambra já existia como uma festa feita pelos mouros, caracterizada pela alegria, algazarra e dança festiva. Nos primeiros anos da Reconquista, foi permitido aos mouros permanecer com seus costumes. Aos poucos, muitas práticas foram proibidas, como fazer casamentos em árabe, certos cantos e danças consideradas sensuais, como a Zambra.

Por volta dessa época, os ciganos estavam se integrando ao país. Os primeiros registros da chegada de ciganos à Espanha são de 1415. Chegavam em grupos de 25 a 100 pessoas e eram bem recebidos. Aos poucos, a atitude política foi se transformando, pois a Espanha desejava se tornar um estado moderno e unificado. Assim, os ciganos também foram obrigados a se converter ao cristianismo, sob o risco de serem expulsos 

A chegada dos ciganos em Granada acontecia paralelamente à expulsão dos mouros, começando um período de convivência entre eles. Fugindo da perseguição, muitos mouros se refugiavam junto às comunidades e caravanas ciganas. Muitos deles foram descobertos, mas tantos outros sobreviveram, mesclando seus costumes e tradições com os ciganos. Assim, a Zambra se tornou uma dança executada especialmente durante os casamentos ciganos.

Aos poucos, a Zambra foi se transformando e desde a década de 1950 se tornou um estilo muito popular, apresentada principalmente para turistas nas grutas do bairro de Sacromonte, em Andaluzia

Atualmente é muito difícil identificar o que é realmente influência moura e o que é influência espanhola. Afinal, já se passaram mais de 500 anos e a dança mudou muito. Isso acontece também com os outros palos flamencos, que também tiveram influência das danças mouras, espanholas populares ou clássicas, de judeus e outros grupos étnicos da região, mas que ao longo dos anos foi se fundindo de tal maneira a criar um estilo único. Por isso, não é possível dizer que atualmente a Zambra ou qualquer outro palo flamenco é uma dança de fusão.

Disponível em: <https://caravanadovento.wordpress.com/2014/01/17/zambra-o-flamenco-arabe/> Acesso em 12 jan. 2021

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Al Andalus



Pra
quem não se lembra, Al Andalus é o nome dado ao reino mouro que dominou a Península Ibérica por cerca de oito séculos. Eles chegaram à Espanha pelo sul, vindos do Marrocos, em 711, e ali permaneceram por cerca de oito séculos. Somente em 1492 os reis católicos reconquistaram a região e se deu início à obrigatoriedade da conversão ao cristianismo, ou à expulsão daqueles que resistissem. Foi mais ou menos nessa época que os ciganos começaram a chegar à Espanha.


Os primeiros registros da chegada de ciganos à Espanha são de 1415. Chegavam em grupos de 25 a 100 pessoas e eram bem recebidos. Aos poucos, a atitude política foi se transformando, pois a Espanha desejava se tornar um estado moderno e unificado. Assim, os ciganos também foram obrigados a se converter ao cristianismo, sob o risco de serem expulsos.

Assim, a chegada dos ciganos acontecia paralelamente à expulsão dos mouros, começando um período de convivência entre eles. Fugindo da perseguição, muitos mouros se refugiavam junto às comunidades e caravanas ciganas. Muitos deles foram descobertos, mas tantos outros sobreviveram, mesclando seus costumes e tradições com os ciganos, flamenco árabe.

Atualmente, diversos grupos fazem intervenções artísticas simulando esse momento de transição, na tentativa de recriar o ambiente mourisco e exótico daquele período. No entanto, é muito difícil identificar como era exatamente a música e principalmente a dança daquela época. Afinal, já se passaram mais de 500 anos e tudo mudou muito. É importante lembrar que os registros são pouquíssimos, já que os mouros estavam sendo perseguidos e os ciganos não tinham escrita.

Há vários artistas que já gravaram músicas inspirados nessa mistura cultural, como Simpecao, Gipsy Kings e Alabina. E os dançarinos geralmente executam uma fusão entre Flamenco e Dança do Ventre, numa interpretação artística livre, mas que não tem a intenção de realizar um retrato histórico e fiel da dança daquele período.

cigano árabeGeralmente, as dançarinas usam a blusa amarrada embaixo do busto e muitas deixam o umbigo à mostra. O bailado pode trazer cantes, gritos, aplausos, sapateados, tremidos, uso de leques e mantóns (xales), manifestando a alegria, vitalidade e espontaneidade dos povos árabes e ciganos.

A dica que eu dou é, se você quer fazer uma performance com características orientais mas não tem familiaridade com os ritmos árabes, que você escolha músicas que tenham uma parte espanhola mais acentuada. Assim, você pode usar elementos da dança espanhola, com saia e braços, e ir aos poucos se aperfeiçoando na dança oriental.

Fonte: caravana do vento (22/10/2017).